Núcleo de Direito Médico Lança Manual Jurídico para Orientar Médicos de Sergipe Durante a Epidemia de COVID-19.

Na última quinta-feira, 16, o Coordenador do Núcleo de Direito Médico do Porto Silva Advocacia e Consultoria, o advogado especialista em Direito Médico, Hilton Porto, publicou o “Manual de Conduta Jurídica para Médicos (COVID-19) – orientações jurídicas para a atuação médica durante a pandemia .”

“Manual de Conduta Jurídica para Médicos (COVID-19) – orientações jurídicas para a atuação médica durante a pandemia .”

O material traz 48 páginas de muito conteúdo e reúne as principais informações jurídicas que o médico deve ter conhecimento para atuar de forma segura durante a epidemia de COVID-19.

Os profissionais encontrarão no manual orientações sobre telemedicina, declaração de óbito, equipamentos de proteção individual (EPIs) publicidade médica, afastamento laboral, atendimento ambulatorial, cirurgias eletivas, cadastramento de profissionais, aumento da bolsa para residentes e colação de grau antecipada.

A primeira edição do Manual de Conduta Jurídica (COVID-19) foi fechada no dia 16.04.2020 e será atualizada periodicamente à medida em que novas normas venham a ser publicadas.

Acesse o material completo abaixo.

Justiça do Trabalho de Sergipe proíbe a EBSERH de se negar a contratar médico que possua outro vínculo com a instituição.

Justiça do Trabalho de Sergipe proíbe a EBSERH de se negar a contratar médico que possua outro vínculo com a instituição.

Em sede de Mandado de Segurança Preventivo, impetrado sob a assessoria jurídica do escritório Porto Silva Advocacia, a Vara do Trabalho de Lagarto-SE determinou que a EBSERH se abstenha de negar a contratação de médico aprovado em concurso público caso o motivo de eventual impedimento seja a existência de prévio vínculo laboral com outra unidade hospitalar da empresa.

No caso, o Impetrante já era médico concursado do HU-UFS e foi aprovado para o concurso para emprego público no Hospital Regional de Lagarto – HRL UFS e, com a decisão liminar, poderá ser contratado normalmente pela EBSERH.

O processo foi conduzido pelo sócio Carlos Victor Silva, coordenador do Núcleo de Direito Administrativo da banca.
Mais informações através do link https://bit.ly/2uvHCVr

Orientações para médicos e profissionais de saúde em casos de violência

A realidade da relação médico-paciente tem se transformado nas últimas décadas com o aumento da intervenção de terceiros (Governo, operadoras de saúde, administradoras de benefícios, etc), além da facilidade de acesso à informação com o advento da internet, fazendo eclodir cidadãos mais conscientes acerca dos seus direitos.
O paciente deixou de ser passivo e passou a exigir direitos e resultados.

O fato é que médicos e profissionais de saúde estão na linha de frente do atendimento e ficam sujeitos a frequentes situações de conflito com pacientes e familiares insatisfeitos, muitas vezes, com o próprio sistema de saúde, mas que acabam por despejar todo o seu descontentamento nestes profissionais.

Não à toa, vêm se multiplicando os casos de violência no âmbito dos atendimentos prestados.
O CREMESP, em parceria com o COREN-SP, realizou levantamento no ano de 2017 que apontou que 59,7% dos médicos e 54,7% dos enfermeiros entrevistados haviam sofrido violência no trabalho.
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 7.269/2017 que prevê o aumento das penas para crimes cometidos contra médicos e profissionais de saúde no exercício da profissão.

Diante deste cenário, o CFM lançou campanha no intuito de orientar os médicos a como agir em casos de violência no ambiente de trabalho.

Saiba como proceder em caso de agressões:

Se houver ameaças:
– Registre ocorrência na delegacia mais próxima ou online;
– Informe, por escrito, às Diretorias Clínica e Técnica sobre o ocorrido;
– Encaminhe o paciente a outro colega, se não for caso de urgência e emergência.

Se houver agressão física:
– Compareça à delegacia mais próxima e registre o boletim de ocorrência (haverá necessidade de exame do corpo de delito);
– Apresente dados dos envolvidos na agressão e de testemunhas;
– Comunique o fato imediatamente às diretorias clínica e técnica para que seja providenciado outro médico para assumir suas atividades.

 

Por: Hilton Porto, Advogado especialista em Direito Médico. Coordenador do Núcleo de Direito Médico do Porto Silva Advocacia e Consultoria.

CFM divulga demografia médica 2018

O estudo Demografia Médica 2018, que traz dados sobre o número e a distribuição de médicos no Brasil, já está disponível na internet, no site do Conselho Federal de Medicina (CFM). Acesse aqui a publicação.

Nunca houve um crescimento tão grande da população médica no Brasil num período tão curto de tempo. Em pouco menos de cinco décadas, o total de médicos aumentou 665,8%, ou 7,7 vezes. Por sua vez, a população brasileira aumentou 119,7%, ou 2,2 vezes. No entanto, esse salto não trouxe os benefícios que a sociedade espera.

Apesar de contar, em janeiro de 2018, com 452.801 médicos (razão de 2,18 médicos por mil habitantes), o Brasil ainda sofre com grande desigualdade na distribuição da população médica entre regiões, estados, capitais e municípios do interior.
Os dados constam da pesquisa Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), e divulgado nesta terça-feira (20). O levantamento, coordenado pelo professor Mário Scheffer, usou ainda bases de dados da Associação Médica Brasileira (AMB), Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Educação (MEC)

O Sudeste é a região com maior razão de médicos por 1.000 habitantes (2,81) contra 1,16, no Norte, e 1,41, no Nordeste. Somente o estado de São Paulo concentra 21,7% da população e 28% do total de médicos do País. Por sua vez, o Distrito Federal tem a razão mais alta, com 4,35 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 3,55.

Na outra ponta estão estados do Norte e Nordeste. O Maranhão mantém a menor razão entre as unidades federativas, com 0,87 médico por mil habitantes, seguido pelo Pará, com razão de 0,97. “Há uma desproporção gritante entre as unidades da federação e entre as regiões: 39 cidades com mais de 500 mil habitantes concentram 60% dos médicos, enquanto os 40% estão distribuídos no país para atender o restante da população”, pontuou o presidente do CFM, Carlos Vital, que diante do quadro apresentou propostas para uma melhor distribuição dos médicos. “Um ponto fulcral é a criação de uma carreira de Estado para o médico e demais profissionais de saúde, que dê segurança jurídica, permita a educação continuada, ofereça condições de trabalho e valorize o trabalho do profissional para que ele se fixe nas cidades do interior”, defendeu.

O aumento total registrado e a má distribuição dos profissionais pelo território nacional têm relação direta com o fenômeno da abertura de novas escolas e cursos de Medicina no Brasil. Considerando-se que a graduação em Medicina dura seis anos, sem praticamente haver evasão ou repetência entre os alunos, cada vaga oferecida em 2018 corresponderá a um novo médico, em 2024. “Os resultados do estudo sustentam o debate sobre o grande número de escolas em funcionamento no país, que podem comprometer a qualidade da formação médica. Após diversas manifestações públicas do Cremesp e de demais conselhos e organizações de especialidades médicas, contra a abertura indiscriminada de escolas médicas no Estado, o governo federal comprometeu-se em assinar uma moratória para proibir a abertura de novos cursos de Medicina no país durante cinco anos”, enfatiza o presidente do Cremesp, Lavínio Camarim. “Essa medida servirá para que os cursos em funcionamento, atualmente, passem por avaliações e adequações que se fizerem necessárias para a boa formação do estudante de Medicina”, conclui.

Naquele ano, estima-se que serão 28.792 profissionais egressos das escolas (três vezes o número de 2004, quando foram registrados 9.299 registros de novos médicos). Em duas décadas (com base nos números de 14 anos atrás), o crescimento previsto é de 200% no número de novos registros.

Para o presidente da AMB, Lincoln Lopes Ferreira, a Demografia Médica ajuda a sociedade a compreender melhor a distribuição dos médicos no país, já que o que se tinha até então eram dados e números dispersos, que não permitem uma visão do todo. “A atualização constante da Demografia Médica nos fornece insumos na busca de soluções para as questões da medicina, do médico e da saúde no Brasil, com base em análise de fatos e dados, e não puramente em ideologias”, afirma. Lincoln Ferreira enfatiza que a Demografia Médica 2018 consolida o entendimento de que não há falta de médicos no país, mas condições, estratégias e gestão para todas as regiões onde há necessidade. “Não precisamos de médicos importados, precisamos de carreira médica de Estado e de condições de trabalho nas mais diversas localidades”, enfatiza.

Contudo, na avaliação das entidades médicas, o grande número de profissionais, que deve aumentar exponencialmente nos próximos anos, enfrenta um grande problema: existem deficiências nas políticas públicas que geram maior concentração de médicos nas grandes cidades e no litoral, em especial nas áreas mais desenvolvidas, e nos serviços particulares em detrimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

A manutenção desse problema, na avaliação das lideranças médicas, decorre da ausência de políticas públicas que estimulem a migração e a fixação dos profissionais nas áreas mais distantes dos grandes centros, de modo particular no interior das Regiões Norte e Nordeste.

Dentre os problemas, está a precariedade dos vínculos de emprego, a falta de acesso a programas de educação continuada, a ausência de um plano de carreira (com previsão de mobilidade) e inexistência de condições de trabalho e de atendimento, com repercussão negativa sobre diagnósticos e tratamentos, deixando médicos e pacientes em situação vulnerável.

Nos textos a seguir, os números são detalhados, apresentando diferentes nuances dos números encontrados, como o aumento da participação das mulheres no total da população médica; a redução na idade média dos profissionais; e a distribuição deles entre as especialidades médicas reconhecidas. São números que ajudam a fazer o diagnóstico de uma situação que exige respostas urgentes do poder público.

Informações do Conselho federal de Medicina

Sócio do Porto Silva Advocacia e Consultoria palestra sobre a responsabilidade civil do perito médico no III Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Perícias Médicas.

Na última quinta-feira (03), o advogado Hilton Porto, especialista em direito médico e sócio do  Porto Silva Advocacia e Consultoria, ministrou a palestra”O seguro de responsabilidade civil para o médico perito” durante III Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Perícias Médicas, promovido pela Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas – ABMLPM.

O evento foi realizado no Centro Cultural e de Exposição Ruth Cardoso, na cidade de Maceió – AL,  e contou com a participação de centenas de médicos, estudantes e profissionais de saúde,  que acompanharam as mais recentes discussões no ramo da medicina legal e perícias médicas. Foram realizadas, ainda, importantes reuniões técnicas dos dirigentes dos IMLs, reunião dos dirigentes de Centros de Pericias Oficiais, reunião dos professores de Medicina Legal e Perícias Médicas e dos representantes seccionais das Associações Brasileiras de Medicina Legal e Perícias de todo país.

Em sua participação, o advogado abordou as repercussões da responsabilidade civil diante do exercício da atividade médico-pericial, destacando a importância do seguro de responsabilidade civil como instrumento para a mitigação dos riscos atinentes à atividade desenvolvida pelos peritos médicos.

Abaixo imagens do evento.

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